…o rio rio de mim.
Sentrei na proa da canoa e chorei.
águas bordando ribeiras.
véus em rocas teados.
ao santo o manto rasgado.
entre mururés, ben-te-vis, sabiás e garças eu dormi.
acordei no foguetório em louvor…
pela goela veio-me o destino feito espinha empatando a morte…
farinha, água, tenência no respirar…
pesquei lembranças com uma vara de vidro…
invejei o vôo do sanhasú…
o canto do urubu…
o rio rindo desceu ao céu…
…e fez fogueira pra se esquentar.
foto (c)Abdias Pinheiro. – Galho de mangue. Curuçá – Pará inteiro – 2007 –
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