Ah solidão! Essa moça donzela, zelando por nosso ócio no cio. Desejo espremido entre os dedos e a dedo indicando o endereço sem número, sem casa pra morar, sem companhia pra encher o saco. Só o vazio a versejar o tempo, empoeirado de tédio, impregnado de lembranças sadias. Uma mosca serve também, também solve, na taça, equilibrando em ponta de patas, tal o pato preto em barreiro de marreco metido a ‘lordy’, vivaldiando um xaxado mocho, de pés amaciando o barro da sala sem reboco. Xô mosca! Vai arrudiar em balcão de caldo de cana ou em venda cheirando a charque velho, cenografando esquina no Alto da Banana.
Fazenda Caruaru – 2007 Foto(c)Abdias Pinheiro
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