Sexta,
Dia da gelada, da cuba libre ou não, do rum do gaitada de mucura no Salomão, da tripa de porco assada com torresmo de barriga do ‘larga o osso Gordo safado,’ do mocotó defumado do Katita, do tambaqui esfolhado do cirurgião de buxo, da voz de veludo do ao gusto da galega, do lordi portugues e a sua dama de copas, do trapiche das mangueiras e sua mulher do drama, da milho espocado, do homem das mudas e sua mulher ventilador quando samba e de outras figuras do folhetim animal, avéiacachimbeira apeou a rabeta nos fundo do nosso recanto e por encanto estreiou a sistina femenina em pé. Levantou a saia a altura do juízo e soltou uma bufa empanada na casca da banana. Uma luz azul boreal fosforecente empatou o tempo por segundos: Uma nuvem, tal qual pó de prata com tabatinga seca, espalhou-se pelos quatro cantos do butequim evadindo-se para a praça a tomar de susto as almas vadiosas. Mundiou as mocinhas, os rapazes, os homens, as mulheres, os velhos e a velha cidade velha. As coxinhas com varizes de galinhas velhas, as unhas encravadas de caranguejo proíbido, o camarão espantado do fundo do rio tomaram cores esprestadas dos carrinhos de raspa-raspas; groselha, coco, morango, uva, taperebá, maracuja. No descanço da vitrina elétrica repousavam soltando convites visuais em forma de filetes de ráios coloridos. Uma beleza de encanto especial, tambem, dizquê o judeu tem parte com as coisas d’avéia, só não entorta o cachimbo. Diz a boca miúda que já é fogo frouxo. E era sexta feira sem ameaças da empatadeira.
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