continuação…
Uns tamboretes de três pernas com assentos quadrado, agasalham o cansaço de ancas sem termos. Umas três mesas de três pernas acomodam os semblantes sisudos e sérios que sombreiam os senhores da Irmandade da Divina vigilância Celestial. O preto cobre os vigilantes. Chapéus pretos de abas largas e capêlos cônicos escapando ao necessário, camisas de compridas mangas por baixo de grandes capas escuras cobrindo todo o corpo, só deixando de fora as biqueiras trabalhadas, douradas e finas das grossas e reluzentes botas. A cada mesa três senhores, a cada senhor um cálice grande, de grosso e pesado metal, trabalhado com inscrições antigas, figuras míticas, ícones diversos e, dentro bebida azul turquesa, tragada em coreografia lenta e ritmada: Todos a um só tempo.
Os olhos cobertos por grossos e largos óculos não permitem ver as cores só pensamentos. Um brinde ecoa largas e profundas badaladas sacrílegas. São sete levantar de copos. A sesta acorda em movimentos leves, seguros e ritmados. Ferrolhos chiam sabedoria, tramelas desobstruem janelas à vida. Sonolentamente olhos abrem-se às badaladas. Todos voltam à rotina. Essa se prestando a um lugar como aquele! Uma janela fala ao mundo através de óticas fibras.
continua…
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