Os pesamentos vagueiando pelo oco do mundo, deu de pegar avéiacachimbeira penteando as madeixas com a ponta do diadema cravejado de estrelas. Estava contemplando o continente, escutando o barulho do trânsito, sirenes de ambulâncias. Olhos fechados enxergando tudo! Aprumou os sentidos na direção da presidente vargas, vagando pelas calçadas. A rabeta soltou, depois de uma acelerada com destino certo, uma nuvem de fumaça colorida, com cheiro de defumação de fim de ano. Como por encanto a avenida transformou-se em um pedaço de civilização. Calçadas niveladas e sem camelôs, sarjetas limpas, lojas sem sonoros nas portas e atrentes visualmente. Padarias, confeitarias, cafés com o melhor pernil do norte… bondes elétricos. Homens e mulheres vestidos de noites de gala. As praças ocupadas com namorados enfeitando a paisagem e bancos displicentes agasalhando vergonhas. avéia abre a frasqueira redonda de couro de jibóia, com frisos e fechaduras dourados, espelho interno na tempa, junto lápis, pincéis, bases, sombras diamantadas de cores variadas. O Baton encarnado solta-se e cai na água. Encanta-se nos lábios da Iára. Um muxoxo puxa a rabeta pras bandas da BR.
foto Abdias Pinheiro
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Ah vc e suas fotos perfeitas!!!!!! Parabéns!!!!!!! Sempre muito bem feito o seu trabalho.
Só você, você mesmo …